segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Dolor

A dor é professora da alma
E confessora do corpo
Mais amiga do que julgamos
Sempre subestimada, anátema
Sofre por ser malograda
A revelia do amor, a dor mostra
Teima em impulsionar o ser
Uma senhora triste e rejeitada
Pela sina de revelar as misérias
Cujo rosto não se quer ver
Da dualidade nasce a alegria
Também a evolução dela irrompe
Abraçar a dor é como amar
Alguém que ninguém olha
A dor é maldita porque a euforia
Confunde o ego que frívolo
Atua feito uma medusa
Fazedora de lepidas estátuas
Te faz pedra, traz soberba
Te deixa egoísta e burlesco
A dor é uma mãe que chora
Ao mostrar um mundo sem véu