sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O balé das horas

















Aprisionada e invisível como um fantasma
Sozinho em uma velha casa abandonada
Oro pelos medos dos meus pensamentos
Tenho segredos ternos e arruinados
Verdades perversas da estranheza da alma

A vida é o barato vazio da irrealidade
Uma noite profética que perturba a calma
É como beijar o etéreo no inferno
Balbuciando palavras sem sentido
É abrir as cortinas do delírio dos olhos

Sorrindo a dor com os lábios fechados
Meu corpo ausente de um ontem maculado
Roga às suas mães índias da América Latina
Que limpem seu rosto queimado e mutilado
Pelo balé das impiedosas velas dançarinas

Ana Oliveira

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