quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Horas nubladas, noites de verão

Nas horas nubladas do dia
Tão mais simples o entreter
Mas quando a lua assovia
Amarrada ao fio da saudade
Cheia de bruma e ardor
Calmamente a dor anuncia
O gosto proibido do amor

Nas noites silenciosas de verão
De sonhos e suspiros engolidos
Surgem delírios do teu rosto
Desenhado nas réstias da parede
Ilusões esgotadas de soluço
Nutrindo de medo o segredo
Que sem zelo morre de sede

Ana Oliveira

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