Nas horas nubladas do dia
Tão mais simples o entreterMas quando a lua assovia
Amarrada ao fio da saudade
Cheia de bruma e ardor
Calmamente a dor anuncia
O gosto proibido do amor
Nas noites silenciosas de verão
De sonhos e suspiros engolidos
Surgem delírios do teu rosto
Desenhado nas réstias da parede
Ilusões esgotadas de soluço
Nutrindo de medo o segredo
Que sem zelo morre de sede
Ana Oliveira
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