Densa lágrima vermelha
Suja o corpo de quem ama Quando o coração chora
É o ventre quem derrama
Alma não manda nada
Vive com pouco vagando
Supõe enganar o tempo
Tolice de viver sangrando
Carne que vomita amor
Na calma que o dia obriga
Finge ver mais que uma cor
Na noite que a dor paralisa
Ana Oliveira
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