terça-feira, 4 de outubro de 2016

Sonho morto














No sonho que não era meu
Metade de você apareceu
Sangrando na cabeça de outro
Teu corpo a sorrir-me morto

No devaneio também não era eu
Mas um alterego a dançar febril
Num vestido de festa fúnebre
A comemorar o luto que morreu

Nem dor, nem amor, nem mágoa
De um sem sentir que o véu afaga
Restos de ti que hoje é névoa
Jaz a brilhar no coração do nada

Ana Oliveira

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