sábado, 2 de julho de 2016

Ainda sobre sonhos





















Sonhos são balões selvagens
Que moram no céu do inconsciente.
Vagam pelos atalhos das nuvens
Em meio à metamorfose das chuvas ácidas
Que choram vermelhos pingos de saudade.
Devaneios que nunca dormem
Sabem misturar desejos
Com mentiras escondidas
Querem ser contados,
Mas muito mais esquecidos
São quimeras voadoras que viram mar
Rabiscos oníricos
De onde saltam seios macios, ressentidos,
Vivem no pequeno instante
Em que os cílios borboleteiam
No véu da madrugada

Ana Oliveira

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