O êxito dos nossos desencontros
Provoca o desjejum da ausência
Que merece ficar à míngua de nós
Morrer vazia de obscenos abraços
Quanto à saudade, guarde para ela
O melhor canto da casa, da mala
Que de tão cheia de fome, avermelha
Face ao rubor da poesia que exala
Ao que toca o amor sem escudos
Um pouco de suspiro de seu bem
No corpo que esconde no escuro
A ânsia pelo tempo desse alguém
Ana Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário