quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Vida



















Num palco sem retorno
Figurante de sua própria vida
Sem palmas, nem vaias
Absolutamente equivocado
O delírio geme, arde e rasga

Que pedaço de alegria lhe pertence?
Quanto falta para pagar o preço?
Quem tapou o fim do túnel?
Tem lua no céu do inferno?
Tem amor no coração do acaso?

No fundo da gaveta emperrada
Que não arruma há anos
Procura receita para o impulso
Encontra um papel amarelado
Carcomido ensaio sobre a ilusão.

Ana Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário