terça-feira, 29 de setembro de 2015

Des-esperar





















Quando tudo que já se teve
Faz o hoje um devir fria neve
A dor que antes na alma rara
Agora negocia a alegria cara

O querer que teimava ano a ano
Ao passar tornou-se frio engano
E a vida que outrora feliz seguia
Zomba do rosto, cansada agonia

Como voltar por um caminho morto?
Já não há atalho mesmo que torto
O mundo prossegue pedra sorrindo
E a gente continua carne fingindo.

Ana Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário