Quando tudo que já se teve
Faz o hoje um devir fria neve
A dor que antes na alma rara
Agora negocia a alegria cara
O querer que teimava ano a ano
Ao passar tornou-se frio engano
E a vida que outrora feliz seguia
Zomba do rosto, cansada agonia
Como voltar por um caminho morto?
Já não há atalho mesmo que torto
O mundo prossegue pedra sorrindo
E a gente continua carne fingindo.
Ana Oliveira
Faz o hoje um devir fria neve
A dor que antes na alma rara
Agora negocia a alegria cara
O querer que teimava ano a ano
Ao passar tornou-se frio engano
E a vida que outrora feliz seguia
Zomba do rosto, cansada agonia
Como voltar por um caminho morto?
Já não há atalho mesmo que torto
O mundo prossegue pedra sorrindo
E a gente continua carne fingindo.
Ana Oliveira