terça-feira, 11 de agosto de 2015

Ciganear

Certa vida quando lida
Se revela nau sofrida
Nem disfarce, alegoria
Devolve à alma a alegria

Uma mão quando estendida
Tem a hora interrompida
Para o tempo num suspiro
Sofre de futuro o respiro

Vivos olhos que esperam
Ânsias, medos se revelam
Ao que o fado lhe decifra
Menos tempo lhe acredita

Fé que foge quando olhada
Não espera quase nada
Nasce para outro tempo
Vai embora como o vento

Ana Oliveira

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