Em cada dobra que pisca
Em
toda sobra que arrisca
Mora
em segredo, o oriente
Da
retina que amanhece ardente
Cílios que minutos antes, casulo
Agora serpenteiam feito Flamenco
Ora dança, ora estátua
Num frenesi trêmulo e inseguro
Curiosas borboletas cristalinas
Denunciam o amor de efeito mescalina
Descansam depois no gozo das pálpebras
Janelas de sonhos vivos, tortos
Amanhecem sujas de sangue e poesia
Velas que desafiam a noite dos mortos
Anna Poulain
Nenhum comentário:
Postar um comentário