domingo, 15 de junho de 2014
soneto da morte do amor
desista, não de mim, do meu choro
pois é o choro que me escolhe
o choro do cavaquinho, do chico
o choro do moço, do braço que acolhe
chega de só querer mar vasto
concentra no miúdo, no brejeiro
é ali que nasce o mundo casto
chega deste choro milagreiro
provoca o riso mesmo com lágrima
finge, disfarça, que logo passa
e vai manchando página por página
é do chorar que se escreve a dor
e da tristeza se arranca a sorte
de um amor, que por ora é morte.
Anna Poulain
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