domingo, 15 de junho de 2014
.anoitece a cidade (soneto de sangue).
ele chega cansado de um dia lotado
o barulho da chave traz a felicidade
ela espera o amado quase sempre atrasado
nada pede ou repele, anoitece a cidade
ele acorda bem antes, ela diz que o ama
o descer das escadas faz o sonho distante
ela pinta, recorta e as vezes reclama
de saber que só tarda o rever do amante
ela nem titubeia, abre a porta e se joga
ele quase a sufoca como presa na teia
pede braço, abraço e caminham na areia
ele sobe a calçada, ela leite e aveia
na rotina sagrada, de amor, lua cheia
cada dia que passa de jantar e de prosa
Anna Poulain
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário