sexta-feira, 25 de março de 2011

consciente inconsciente


.tem uma parte de mim que quer se desprender, andar solta como o vento jogando meu corpo no universo esquecendo as convenções sociais. é exatamente a mesma parte que me leva a ti.
"e pela lei natural dos encontros eu deixo e recebo um tanto"
.sentimento se sente e pronto, sem desculpas e medos, eu sei das coisas do mundo, nem quero ser dona de nada, quero ser livre, quero o outro livre, correntes e prisões não podem fazer bem a ninguém, quero ser rio que corre e deságua em outros rios e em paisagens desconhecidas.
.o amor é uma porta pra dentro, se assim o destino quiser e o universo conspirar, recebo o que é no meu íntimo, inevitável. meu pseudônimo inconsciente, incorruptível e inconsequente.
(Anna Poulain)

quinta-feira, 24 de março de 2011

outono...

.e esse negócio de querer ficar só
parece que só nos engana
a vontade tem vontade própria
de que adianta ser sol sozinho?
acho que quero ser fruta, mato e terra
melhor ainda é ser vento
quente, úmido e silencioso
vai pra longe e depois perto.
(Anna Poulain)
(foto Felipe de Oliveira)

terça-feira, 1 de março de 2011

.metade.de.mim.

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade. Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção. E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
(Oswaldo Montenegro)
.esse poema é meu grito sufocado.


Lost for words...

"Eu estava gastando o meu tempo mau-humorado, Eu fui pego em um caldeirão de ódio, Eu senti atormentado e paralisado, Eu pensei que qualquer coisa poderia esperar. Enquanto você está desperdiçando tempo em seus inimigos, Mergulhado em uma febre de rancor, Além de seu campo de visão, a realidade vai desaparecendo, Como sombras na noite. Se martirizar por prudência, Não vai ajudar em nada, Porque não haverá segurança em números, Quando o certo sair pela porta. Você pode ver seus dias atrapalhados pela escuridão? É verdade que você bate com os seus punhos no chão? Preso em um mundo de isolação, Enquanto a hera cresce em sua porta. Então eu abri minha porta para meus inimigos, E eu pergunto se nós podemos limpar a lousa, Mas eles me pediram para eu fazer o favor de ir me foder, Você sabe que você simplesmente não pode vencer..."
(Pink Floyd)