segunda-feira, 31 de maio de 2010

pelo que vira recordação

o que virá para mim
amanhã,
também não sei
depois de tanta loucura,
tantas fugas, precipitações,
depois de tanto amor,
tanta doçura, explosão
o que virá, virá
se ficar, que não seja em vão
que não seja mais um erro
que não seja mero atraso
embora tudo que venha fique
nem que se modifique,
que ao vir logo vire
recordação
(Cah Morandi)

sábado, 22 de maio de 2010

Não escrevo somente sobre o amor, porque não é apenas amor que sinto...


(foto Ana Oliveira)
Apega-se a um mundo de possibilidades oníricas vestindo a carapuça da ilusão mas não vê que está condicionada à realidade obstante e obscura. A indesejável sensação de vazio ora permeia a vida, ora desdém da morte. Assim, faz-se calabouço de si mesma acorrentada em seus medos inconscientes e absolutamente necessários.
(Anna Poulain)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Quem sabe


Eu também viajei para encontrar a árvore que dá conselhos. Não que conselhos sejam a redenção mas podem significar o expurgo, a liberdade, o arroto. Nesse caminho pude ver minhas próprias mutações, meus indícios de fracasso, amigos esparramados sorrindo à toa e a sensação de preferir o estrago. Se de nada adiantou estudar os astros, teimei em entender o universo através dos teus olhos angustiados e também sedentos de respostas. Juntei a tua íris perfeita e brilhante a mais doce prece enquanto juntos não fechamos os olhos mesmo diante do avançado da hora. Tinha cá para mim que era hora de atirar-me desse trampolim vertiginoso e enfrentar o medo da água, tão clara e tão traiçoeira.
(Anna Poulain)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

TABACARIA

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo
que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?) Dais para o mistério de uma rua cruzada
constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres Com a morte a por umidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens Com o Destino a conduzir a carroça de tudo
pela estrada de nada.(...) (Álvaro de Campos) Um dos meus poemas preferidos...

O amor é uma porta para dentro.


guarda para amanhã as coisas que precisam de mais tempo, o beijo que precisa ser mais lento, a palavra que precisa ser pensada antes de dita, a ação que dever ser pesada antes de feita, guarda para amanhã um pouco de tanta sede, um pouco de tanto passo, um pouco de tanta de gente, guarda para amanhã logo tudo há de ser... o que não é agora o que sem demora vai amanhecer (Cah Morandi)

O Nino da Anna...


Conheci uma pessoa e o que sei dela é o suficiente.
"Quando não te vejo penso: Não vê o meu estampado? Fina estampa. Sou porta-bandeira de mim..."
(Anna Poulain)

Tempos Difíceis para os Sonhadores

Adoro histórias. Histórias inventadas, as que acontecem, histórias de pirata, de vampiro, histórias que me fazem chorar e também as de finais felizes...
Sempre tive vontade de contar ao mundo um pouco da minha história e assim resolvi começar com a frase "quase" clássica de cinema do filme "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain", minha fonte inspiradora para esse blog e para minha vida. Aqui, amigos, conhecidos e pessoas que ainda terei o prazer em conhecer, poderão ler parte de minha alma como uma cigana lê mãos desconhecidas porém predestinadas. Agradeço imensamente sua visita e espero poder contribuir com minhas impressões em sua busca. Que meu mundo faça parte do seu!
"Tempos Difíceis para os Sonhadores"
Bem-vindo ao Mundo de Anna...